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Saga 1 - De boa na Lagoa

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Mensagem por Wild Ragnar Seg Abr 02, 2018 8:56 pm

- Era apenas o esperado. – Receber a congratulação de Vol’Jin não fazia muita diferença, mas olhos atentos notariam que meu peito se estufava ainda mais, e meu bico ficava completamente reto para cima. Acho que parecia que eu ia explodir a qualquer momento. Mas foi só por um momento, pois logo em seguida ele fez mais um comentário que quase me fez cair no chão.

Equivocado. De acordo com mamãe isso é sinônimo de enganado, errado. Por sinal sinônimo significa a mesma coisa. Igual. Não, sinônimo não significa errado ou equivocado, significa a me... ah, esquece!

Voltando ao assunto, o que importa aqui é que ele disse que eu estava enganado!! Eu!! O Grande Peng! Como pode ser isso?! Essa presa ousa?? Se não fosse pelo bem dos meus planos, run run. Ai dela.

No entanto sua próxima ação me fez finalmente abaixar a cabeça para ver melhor. Ela abria a boca e eu via algum tipo de minhoca ali. Mas o que??? Que velocidade era essa? A gente tinha acabado de receber a tarefa e ele já tinha ach... “PAAK!” foi o barulho do estalo da sua mordida. Ok, admito que me impressionou um pouco, aquela dali era uma mordida bem poderosa. Nota mental, nunca atacar pela frente, sempre chegar por trás. De preferência quando ela estiver fora da água. Certo. Por que ninguém me avisou disso antes? Ainda bem que fui capaz de descobrir sozinho. Hehe.

O lance da minhoca ficou claro também que não era minhoca nenhuma, apenas uma parte da língua dele. Ainda bem que não comentei nada em voz alta. Senão poderia ter parecido bobo. Não que eu ligue para o que os outros pensam. Não ligo. Mas ainda assim... melhor não dizer algo errado, o que me traz de volta ao “equívoco”. Que equivoco o que?? Eu tava mais que certo. Um cara com uma mordida daquelas era mais que capaz de comer qualquer coisa, até pedra se duvidar. Se ele prefere carne e crustáceos é com ele.

- Entendo. É uma bela mordida, faz sentido. – Apesar de estar cheio de vontade de informa-lo da minha razão, não sou alguém tão mesquinho que discute por qualquer erro que os outros cometam, certo? Então já que realmente me impressionei, melhor dizer e criar alguma confiança agora de início...

Ouvindo ele concordar com meu plano eu acenei levemente, e quando falou sobre deixar a cesta perto do lago eu concordei novamente sem me sentir ameaçado por ouvir sua opinião e segui-la. Novamente, não quero ser beta, mas também não pretendo ser alfa. Desde que faça sentido e eu concorde, não tem porque me sentir estranho. – Certo, vai indo para água enquanto busco a cesta e levo até a posição que você estiver. Ah, seria bom se conseguisse algumas minhocas também.– Respondia antes de alçar voo e ir buscar a cesta. Em seguida voaria alto procurando um local que fosse fácil para a tartaruga acessar mas difícil para os outros, ou ao menos mais escondida. Em seguida, observando as ações dos outros, assim que notasse que nenhum dos participantes estava me vigiando, fora a tartaruga, claro, iria até o local deixando a cesta ali.

Voltando ao ar, tentava conter um pequeno sorriso de aparecer em meu rosto. Estava na hora de colocar em prática a segunda parte do meu plano para vencer a rodada.

Para não atrair atenção desnecessária agiria como todo o resto. Primeiro passaria por cima das árvores procurando por frutas que pudessem ser pegas e estivessem maduras, mas não estragadas. Tentaria encher minhas garras e meu bico com elas do jeito que fosse possível e as levaria de volta para a cesta, tentando depositar ao menos dez delas na cesta fazendo umas duas ou três viagens de ida e volta. Se não fosse fácil achar na coroa das árvores, baixaria a altitude do meu voo indo mais para o inferior da floresta e procurando de baixo por cima. Isso me atrasaria mais ainda, mas não importava mesmo, hehe.

Em seguida me lembrando das minhocas que tinha pedido a Vol’Jin para pegar, tentaria pegar um bocado de terra úmida da beira do lago e colocar em um canto separado da cesta. Afinal era isso que minhocas comiam, ou ao menos o que quer que elas achassem nessa terra se eu me lembrava bem. Logo pra elas é nutritivo. Em seguida vinham as próprias minhocas, que eram nutritivas para os peixes. Esses dois a tartaruga tinha ficado encarregada de pegar, além de crustáceos, então não focaria nisso.

Me concentraria em vegetais, que são alimento de zebras e girafas, como grama\capim e folhas de árvores. Não jogaria raízes no meio pois Vol’Jin teria mais facilidade de catar isso também. Sendo assim minha parte estava feita e era hora de finalmente me divertir. Estava na hora da terceira fase.

De fato, o arranjo com Vol’Jin sobre onde posicionar a cesta havia caído como uma luva para meus planos. Nas viagens de ida e vinda para coletar tudo que precisava, observaria também as outras duplas, o estado de suas cestas e principalmente quão atentos estavam a elas.

Eliminando de cara as duplas que tivessem animais do reino do céu para evitar muito trabalho no futuro lidando com elas, olharia para as terrestres e daria até preferência a uma delas, a do urso que tinha se intrometido em meus assuntos sem ser chamado. Não tinha cagado na cabeça dele ainda, mas não havia me esquecido daquilo. Já que quis tanto se fazer notar, parabéns, conseguiu.

Esperaria pelo momento em que a cesta do meu alvo estivesse cheia o suficiente para fazer alguma diferença, mas que ainda me permitisse alçar voo devido ao seu peso. Em seguida pousaria em uma arvore ou pedra que me permitisse observa-los sem ser visto, e assim que a dupla desse algum mole, como se afastar da cesta para pegar mais alimentos, ficar de costas para ela, ou se um se afastasse e o segundo desse mole, essa seria minha hora.

Abrindo as asas e voando por cima e pelas costas dos alvos, desceria no momento ideal para agarrar as cestas com minhas garras e alçar voo novamente, tão rápido quanto possível. Iria diretamente para o local que estivesse minha cesta inicial e depositaria todo o novo conteúdo obtido nela. Em seguida jogaria a cesta vazia longe, quer seja dentro do lago, quer seja na própria terra.

De início ignoraria qualquer grito por conta do ocorrido, mas após estar com minha cesta cheia, transbordando, pousaria em cima dela, tendo cuidado para não ser mordido por algum crustáceo vivo, e observaria todos os outros. Se alguém se aproximasse exigindo satisfações, minha resposta seria simples.

- Essa é a minha cesta, e para tirar ela de mim vai ter que me atacar. Se fizer isso vai estar quebrando as regras do lugar, a paz estabelecida e não duvido que toda sua família seja punida e morta como compensação para apaziguar as relações. E sim, eu faria questão de elevar as coisas até esse ponto. No mínimo você seria exilado, se tornando um pária, um ômega. Como eu atacaria de volta, também viraria um. Apesar de não ser a minha vontade, se forçar minha garra não vou ter opção.

E aí estava, hahaha, o grand finale. Se não fizerem nada, ganho mais uma rodada. Se fizerem, viro um ômega como sempre quis e ainda levo alguém para ser meu oponente. Uma coisa que descobri é que ninguém fica forte se viver em paz.

Caso me atacassem, saltaria batendo as asas e recuando diagonalmente. – OUSA ME ATACAR?? – Para em seguida tentar ganhar altitude e descer pelas costas do ser, mirando minhas garras em sua nuca e bicando sua cabeça, para voltar a alçar voo quando sentisse estar perto de tomar um golpe. E então repetiria a tática. Se possível a ergueria comigo nos céus, tão alto quando possível, ameaçando deixa-la cair em cima de uma pedra se não parasse de se debater. – Imagino se vai sobreviver a queda... – Diria ironicamente, sem solta-la, no entanto.

Já se ninguém tentasse me atacar, uma vez que a prova fosse finalizada, levaria minha cesta até o avaliador junto a Vol’Jin, respondendo a este caso perguntasse algo. – São apenas alguns perdedores chorando por não terem ficado atentos. Não ligue para eles.

---

Durante todo tempo tentaria ficar de olho na minha própria cesta, e se visse alguém se aproximando tentaria entrar em seu caminho. – E então, perdeu algo aqui? – Diria.

Já se perdesse a cesta não iria atrás tentando recupera-la e tentaria focar meus esforços em roubar outra que estivesse cheia como eu disse, achando graça no fato que dessa vez eu fui o grilo sendo espreitado pelo louva deus. Essa lei da selva...

---

Uma vez que alcançasse o avaliador apresentaria minha cesta sem muita cerimonia, aguardando os resultados, e se percebesse que ainda assim a de outro alguém estava mais cheia ou completa que a minha, colocaria em prática a quarta parte do plano.

- Vol’Jin, pode checar quantas coisas diferentes temos? – E apenas caso ele aceitasse, assim que se aproximasse e encostasse nela para tentar checar, eu saltaria para trás dele, e usando minhas garras para empurrar seu casco, e batendo as asas para dar força tentaria empurra-lo para dentro da cesta. – Pronto avaliador, agora está completa. Super nutritiva. – Diria a ele enquanto dava uma piscadela marota para a tartaruga.

- Tudo pelo bem da dupla meu caro, pela vitória. Acalme-se que jajá te tiro daí. –
Diria em tom brincalhão.

Já se não tivesse forças para empurra-lo\vira-lo dentro dela, recuaria pigarreando. – Hm, hm. Achei que tinha algo vivo em seu casco e tentei tirar. Acabou que não era nada. Mia culpa. – Aparentando estar meio embaraçado, daria a desculpa mais fajuta de todos os tempos, mas fazer o que, era a única que eu tinha.
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Mensagem por Hoyu Ter Abr 03, 2018 9:49 pm

Atras de comida!


Eu estava ficando cada vez mais confortável ao lado daquele urso, que se mostrava bastante amigável comigo, e estava feliz que nos dois tivéssemos formado uma dupla. Arcturis ia pegar uma cesta para usarmos na prova, e enquanto isso eu tentava me preparar psicologicamente para o que eu iria fazer. Caçar comida não era complicado, mamãe e papai já estavam me ensinando, mas toda aquela pressão provavelmente atrapalharia meu desempenho. O melhor a fazer era ignorar que haviam adultos ali nos observando e dar o melhor de mim!

- T-tudo bem. V-vou ir atras atras das r-raizes e larvas. - Apesar de nós tatus sermos onívoros, larvas sempre foram um aperitivo delicioso, e tenho certeza que os jurados iam gostar se eu achasse uma larva apetitosa e suculenta! A primeira coisa que eu faria seria procurar uma árvore grande, onde começaria a procurar falhas no tronco onde poderiam haver larvas. Muitos insetos colocavam as larvas em troncos para que as mesas se alimentassem da árvore, mamãe me disse isso, é eu acreditava nela. Usaria minhas unhas afiadas para tirar pedaços do tronco se necessário e pegaria qualquer larva com a boca, colocando-as no cesto em seguida. Se eu encontrasse um tronco podre, melhor ainda, e repetiria o mesmo processo colocando larvas no cesto.

Em seguida, procuraria uma terra fofa, macia e fértil e cavaria um buraco. Em terra assim é mais fácil encontrar seres vivos, então ficaria com meu focinho atento para o sinal de qualquer larva ou minhoca que estivesse ali. Ficaria atento a pequenos buraquinhos e túneis, pois eles seriam sinais de que estava perto de algum desses animaizinho. Ficaria também atento para qualquer planta com raíz comestível e suculenta que encontrasse, caso identificasse alguma, rapidamente cavaria um buraco em volta da mesma para desenterrar a raiz de forma rápida e eficiente, e colocaria sua raiz na cesta. Caso a árvore fosse grande demais para desenterrar, eu faria um buraco até encontrar uma das raízes da grande planta e cavaria para destaca-la do resto da planta, colocando-a em seguida no cesto.

Repetiria o processo de procura de larvas e raizes em vários pontos diferentes de terra fértil e troncos bons. Eu sabia que tinha vantagem naquilo, pois nós tatus somos ótimos escavadores com nossas unhas curvas, então cavar um buraco era brincadeira de criança, literalmente. Tudo de útil e suculento que eu encontrasse eu colocaria na cesta, inclusive insetos, e tomaria cuidado para que nenhum fugisse. Ficaria também atento à nossa cesta, para quem ninguém roubasse ela. Se alguém se aproximasse perigosamente, pararia o que estivesse fazendo e ficaria entre ele e a cesta. - O q-que quer? - Caso tentasse arrastar a cesta para longe, eu seguraria nela com força e tentaria impedi-lo. - E-eu vou contar pr-pros outros!

Caso fosse chamado pelo meu companheiro, iria de encontro com ele levando a cesta. - Pode ficar t-tranquilo. - Responderia, se ele me pedisse para vigiar a cesta, e me manteria alerta. Entretanto, estava confiante que íamos ter um bom resultado.
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Mensagem por Admin Qui Abr 05, 2018 11:58 pm

A segunda parte na celebração da lagoa prosseguiu muito bem. De início, todos tiveram preocupações com suas fraquezas e foram para o que melhor se adequavam. O Urso responsável pela etapa se alegrou bastante do nível apresentado nesse começo.

Praticamente todos se preocuparam com a posição da cesta, o que também era muito bom. Nash e Ceji foram excelentes nas suas caçadas e souberam variar bastante o conteúdo da cesta. As outras duplas também, entretanto, havia um pássaro, com grande potencial para se tornar Ômega, no pedaço. Ele era inteligente e ardiloso. Soube aproveitar um momento de distração da dupla formada pelo URso e pelo Tatu e furtou a cesta, despejando os alimentos na sua própria e jogou em qualquer lugar. O tatu bola até tentou segurar, mas Rag foi mais rápido e violento na investida e conseguiu derrubar metade dos alimentos. Houve um prejuízo, mas poderia ter sido muito pior.

Antes que pudessem continuar, o Urso Negro deu um urro tão forte que todos puderam sentir o fim da prova, apenas os mais resistentes conseguiram absorver o som sem tremer. Com todos de volta aos seus devidos lugares, o responsável avaliou todas as cestas e ao final parabenizou pelo esforço.

- Muito bem, acredito que todos, sem exceção, não sejam filhotes. Mas ainda não estão perto de ser Alfa ou Ômega. Não sei se sabem, mas a selva só tem uma lei que é a lei do mais forte. E o mais forte institui novas leis, ou seja, as leis que seguimos agora podem mudar a qualquer momento, basta termos um novo Alfa. Apesar disso, apenas uma lei permanece sempre, então não se esqueçam dela. Caso não tenham entendido… Vocês poderiam ter atrapalhado seus adversários, poderiam ter roubado, jogado fora… Apenas os seus subordinados merecem a sua confiança e é por isso que temos Ômegas. Os Ômegas são os animais que não conseguem confiar em ninguém, que são paranóicos ou egocêntricos demais para permitirem alguém se aproximar e acima de tudo, ter a obrigação de proteger. Aqui, vocês todos são meros animais desconhecidos que vivem em paz, mas fora do lago, a lei do mais forte vai imperar, sempre!

O urso então deu uma pausa para respirar fundo e se afastar dos filhotes.

- Para que entendam a Lei da Selva e consigam ter maturidade para evoluir, as duplas deverão disputar entre si quem ficará com a cesta e quem tiver com a cesta quando eu urrar, será o campeão. Não se esqueçam de tudo que foi ensinado até agora… Lei da Selva e Respeito… Podem começar!

A parte final da segunda prova no evento comemorativo da lagoa estava iniciada. Como os animais reagiriam com essa disputa. Como lidariam tendo que tirar a cesta de alguém que até pouco tempo atrás era um aliado. A vida na selva tinha dessas coisas. Ciúme e inveja causavam grandes brigas e o desejo de se tornar o líder ou avançar, faziam grandes amizades tornarem-se grandes duelos. Era duro, porém, necessário aos animais se quisessem sobreviver!
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Saga 1 - De boa na Lagoa - Página 3 Empty Re: Saga 1 - De boa na Lagoa

Mensagem por Wild Ragnar Sex Abr 06, 2018 2:46 am

Musica perfeita para esse post...


Ira. Essa era a primeira vez que eu sentia tal sensação de verdade. Veja bem, eu já ouvira falar sobre a palavra, conhecia seu conceito, mas nunca antes havia sentido isso. Até agora.

Depois de todo meu esforço, aquele urso não havia me anunciado o vencedor da rodada. E por mais que eu não queira admitir, havia aquele urro. Aquele urro que me paralisou de tal forma que eu não consegui reagir enquanto durou, meu corpo tremendo logo após.

Medo instintivo. Medo por saber que em uma bocada, uma patada, ele poderia acabar com minha raça. Medo por saber que enquanto eu estava ali em terra, paralisado, nada poderia fazer para fugir. Os céus tão queridos estariam inalcançáveis quando o momento fosse essencial.

Quando tal realização tomou conta de mim, foi nessa hora que senti o início daquele sentimento tão peculiar, capaz de fazer até mesmo os mais inteligentes como eu, fazer coisas irracionais.

Ouvindo como ele em toda sua pompa (e poder) não apenas roubava meu momento de gloria, mas passava mais instruções e fazia um discurso ridículo sobre o que é ser um alfa e o que é ser um ômega, meu coraçãozinho disparava mais ainda em meu peito.

Não faça isso, não faça isso, não faça isso. Se lembre do plano! Não de na telha! Você é material para alfa! Você está se esforçando para ser um! Não faça isso! Não faça! Não! N...

É... essa era a primeira vez que eu sentia ira. E o resultado não era nada bonito. Não para os outros, eles não estariam nem aí e duvido que viessem a ser afetados por minhas ações. Mas para mim, para meus planos, para todos meus esforços até aqui. Tudo levado rio abaixo, como se nem quiser tivessem existido. E tudo que eu precisei fazer foi abrir as minhas asinhas, bater forte tomando uma altitude longe do alcance de qualquer terrestre, principalmente daquele urso berrante. Uma altitude onde eu me sentia seguro para não ser paralisado novamente de medo.

Uma altitude de onde eu poderia dar completa vazão a minha ira, e fazer com que todos sentissem o tamanho dela. – HAHAHA!! QUANTA BABOSEIRA!! QUANTA BESTEIRA!! LEI DO MAIS FORTE? CERTO! ENTÃO ME DIGA ÓÓÓ GRANDIOSO MAIS FORTE!! SUA LEI É QUE EU LUTE POR ESSA CESTA NÃO É MESMO?? ENTÃO ME FORCE!! ME FAÇA LUTAR POR ELA!!

Gritando Piando a plenos pulmões, eu esperava que minha voz cheia de sarcasmo atingisse a todos ali, expectadores, filhotes, olheiros, alfas, betas. Antes mesmo que conseguisse perceber o que estava dizendo, lá iam elas, as palavras que não deveriam sair da minha boca de forma alguma, ao menos por enquanto. – CONFIAR EM NINGUÉM? PARANOICO? EGOCÊNTRICO?? RÁ! BOSTA, PURA BOSTA!! EXISTE APENAS UMA COISA CHAMADA LIBERDADE, ALGO QUE VOCÊ NUNCA VAI ENTENDER! TODO O RESTO É A MAIS PURA BABOSEIRA!!

Arfando um pouco, a minha mensagem com tais palavras era simples. Quem disse que eu não confio em ninguém? Quem estabeleceu que sou paranoico? Quem estabeleceu que em um dia ensolarado qualquer não posso dar na telha e ir salvar alguém simplesmente porque sim? E daí se eu joga-la em uma pedra depois e fizer uma refeição se tiver vontade também? Quem hein? Quem? Os mais fortes? Os alfas??

Eu posso estar longe de ser tão forte quanto qualquer um deles, mas certamente era forte o suficiente para aqui, na frente de todos dizer o que eu bem quisesse. – Você pode ser mais forte que eu, muito mais. Mas se acha que é capaz de me controlar e ordenar por aí, está terrivelmente enganado. Se eu luto ou deixo de lutar por algo é escolha minha, independentemente de quais forem meus motivos. Não é meu alfa e nunca será. Que fique avisado. – Mesmo que não mais estivesse gritando, essas palavras ao perderem completamente o sarcasmo e fervor poderiam se tornar ainda mais penetrantes. Gélidas. Transmitiam toda a seriedade em uma fúria fria que eu nem mesmo sabia direito de onde vinha.

- Você pode ficar com a nossa cesta Vol’Jin. Faça bom proveito dela. – É, acho que desde que eu nasci nunca tinha falado com tamanha seriedade como agora. Que diabos deu em mim? Tudo arruinado! Tudo arruinado! Todos meus planos...

Novamente, como eu disse antes sou sempre verdadeiro comigo mesmo, e sendo assim meu último olhar cheio de rancor se dirigiria aquele urso que me fez sentir assim, que me fez reagir de tal forma. O culpado de tudo. Será que todos ursos eram uns bastardos intrometidos?

Voando a caminho de um dos picos de pedra onde a primeira parte da corrida havia sido realizada, faria questão de passar acima do urso caolho e lhe enviar um presente que tinha guardado para o outro da sua raça. Um pedaço de bosta tão grande quanto o que ele tinha cuspido pela boca.

Sem me dar o trabalho ter coragem de parar para ver o resultado, bateria minhas asas subindo ainda mais e indo para a região pedregosa, e após escolher a pedra mais alta disponível, só então pararia para olhar para eles e caso verificasse que era seguro pousar, o faria. Se não fosse, voaria ainda mais alto.

E independentemente dos casos, sentiria minha cabeça rodar. Peng O Grande! Tsc. Só se for o Grande Idiota né. O que acabou de acontecer?! Só pode ter sido o sangue de fênix peng do meu ancestral que mamãe sempre fala!!
Sim, só pode ter sido isso!

O que foi que eu fiz?!?!
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Mensagem por Leona Matriarca Seg Abr 09, 2018 12:37 pm

Saga 1 - De boa na Lagoa - Página 3 Tumblr_o3qim8edQG1ti5f5yo1_500

There is a new girl in town!

Agora sim, a diversão começou.

Mesmo que tenha tremido até os pelos do rabo com o urro daquele urso, eu tentei me manter firme, e naquele momento a primeira etapa desse festival está cumprida, todos os filhotes conseguiram juntar e preencher suas cestas com a diversidade natural do lago, porém isso não passava de um pretexto para o que estava por vir.
O Urso que regularizava essa "competição" explicava nada novo para nós, a principal lei da floresta, ou pelo menos uma delas, a Lei do mais Forte, onde quem tem mais poder determina as leis para seus subjugados, como por exemplo, o Urso ordenando-nos a desenvolver tarefas, ele é o mais forte e não podemos nos opor a ele.

Após um curto período de tempo conversando conosco, os filhotes, a segunda parte da competição é explicada, e simplificando o que o Urso disse... Vai começar a pancadaria.

De primeiro, antes que a ficha caísse, pois teríamos que lutar para mantermos a cesta sob o controle só de um filhote, eu não desejava machucar ninguém, isso acima de tudo é um festival, então murmuraria para meu colega macaco.

- Creio que vamos ter que lutar um contra o outro... Espero que tenha ouvido o que o Urso disse, respeito é necessário, então VAMOS LÁ! - Terminaria animada, por que não há um animal nesse reino que não goste de uma boa briga.

De primeira usaria minha velocidade para avançar em um salto por cima da cesta, visando acertar o peito do pequeno macaquinho, por hora sem usar minhas garras, apenas com o intuito de empurrá-lo para trás, fazê-lo ficar longe da cesta para eu recuar e colocar minhas duas patas dianteiras sobre ela, definindo minha posse.
Se o macaco conseguisse esquivar do meu primeiro golpe, recuaria para ficar entre ele e a cesta, rosnaria mostrando que a brincadeira tinha acabado. Não atacaria agora, deixaria ele assumir a frente, se ele partisse para um ataque, deixaria ele se aproximar para então eu avançar com a boca pronta para uma mordida no membro mais vulnerável que ele apresentasse, uma mão mais aproximada, ou um pé mal posicionado, se conseguisse morder, não exerceria pressão para machucar, apenas puxaria para longe da cesta e o largaria se conseguisse afastá-lo.

É importante estar prevenida caso o oponente não partisse para uma agressão ou esquivasse de meus golpes, e se até mesmo não lutasse e só tentasse furtar a cesta, neste caso eu utilizaria minhas garras em uma investida furiosa, onde quando ele se aproximasse da cesta eu o bateria com ambas patas com minhas garras prontas para agarra-lo e fazê-lo soltar a cesta, ou até mesmo fazer ele derrubá-la.

Meu posicionamento seria de uma mãe protegendo seu filhote, não me afastaria da cesta nem por um segundo. Traria todos os meus instintos selvagens, todas as lembranças que tinha de minha mãe impedindo que algum mal se aproximasse, essa sexta seria meu filhote, o que devo proteger com garras e presas. No máximo dois passos de distância, mostrando meus dentes entre grunhidos e um olhar de caçadora, patas flexionadas para dar impulso sempre que necessário, ou para correr atrás de quem ousasse tentar me tirar desse evento.

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Mensagem por Hoyu Seg Abr 09, 2018 6:15 pm

A lei do mais forte!

A prova estava indo bem, e eu estava animado com nosso progresso, até que Peng veio e roubou metade do que tínhamos. Eu tentei impedir, mas ele foi mais rápido que eu, e conseguiu nos roubar. Por que essas coisas sempre acontecem comigo? O urso dava um rugido e finalizava a prova, e por mais que tenha sido imponente, eu estava muito preocupado com minha tristeza para dar muita atenção ao rugido. - Me de-desculpe... - Falaria para meu companheiro urso cabisbaixo e fungando. - E-eu não p-prestei atenção direito na ce-cesta e eles nos ro-roubaram... - Eu não me surpreenderia se ele me culpasse pela derrota, afinal ele estaria certo. Perdemos por minha causa, por eu não ter prestado atenção direito na nossa cesta.

Entretanto, eu não tive tempo o suficiente para refletir sobre meu erro, pois uma outra prova era proposta, e uma absurda por sinal. Olharia para meu amigo Arcturis. Eu não queria lutar com ele, além do mais foi ele que pegou a maior parte da comida que tínhamos. - Eu não vou l-lutar com você. - Diria a ele. - V-você é meu amigo e a-amigos não lutam; - Mesmo no pouco tempo que nos conhecíamos, ele havia sido legal comigo, e para mim ele era meu amigo. - P-pode ficar com a cesta. No final fui eu que e-estraguei tudo na p-prova anterior. Se eu tivesse prestado m-mais atenção, poderíamos ter vencido... - Eu sabia que o erro tinha sido meu, e não seria justo que eu ficasse com a cesta depois de tudo.  

Depois de falar essa palavras e dar um sorriso para ele, entraria na forma de bola e me afastaria até bater em uma arvore, onde eu me apoiaria em seu tronco e ficaria os observando. Pelo menos um de nós ia vencer, e saber que um amigo venceria já me deixava feliz.  
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Mensagem por Abadeer Ter Abr 10, 2018 6:27 pm

“Eu me descuidei, já deveria imaginar que aquele pássaro maldito tentaria alguma coisa” ele havia conseguido roubar nossa cesta, pegou o que precisava e jogou o resto fora; perdemos parte do nosso esforço, mas conseguimos ficar com o que sobrou.

Geralmente sou um urso calmo, porém aquele pássaro havia passado dos limites. Eu teria ido atrás de nossa comida de volta se não fosse o urro daquele urso negro que foi capaz de me deixar parado onde estava sem conseguir mexer uma musculo; a prova havia terminado e o urso então começava a discursar palavras sobre como seria um Alfa e um Omega e sobre como deveríamos evoluir, só que para isso tínhamos que naquele momento lutar contra nossos parceiros pela cesta que havíamos feito.

Lutar por comida era normal na selva, animais disputavam a todo o momento por alimento; antes que pudesse formar qualquer pensamento a cerca daquela segunda etapa da prova o cabeça vermelha começava a dar escândalo sobre as palavras ditas pelo urso negro; apesar de toda “coragem” nas palavras dele creio que elas teriam mais efeito se não fossem ditas enquanto ele fugia; “Ele não passa de um beta mimado” não que aquilo resolvesse o que ele fez contra mim nas duas etapas, poderia não ser ali nem agora, mas a gente ainda ia se encontrar;

Voltando meus pensamentos para a segunda etapa da prova a qual deveria lutar contra meu parceiro pela comida, eu olharia para Pilko sem demonstrar nenhuma expressão “não há necessidade de luta” pensaria soltando um leve suspiro, porém antes mesmo de falar qualquer coisa o tatu bola começa a pedir desculpa pelo ocorrido – Oh! Calma aí, não foi culpa sua. Falaria tentando acalma-lo.

Pilko continuava a falar, ele não tinha a intenção de lutar e me considerava um amigo; nesse momento não consegui esconder minha expressão de felicidade, um amigo, O tatu me deixara ficar com a cesta pela nossa amizade e por se culpar pelo ocorrido.

Em forma de bola ele começava a se distanciar, eu não o impediria dessa vez, talvez ele quisesse ficar só e nesse momento eu tinha que continuar a prova mesmo que Pilko tivesse “desistido”; Com a cesta ao meu lado ficaria atento para qualquer outro beta que se aproximasse de mim urrando para ele e ficando mesmo que por um curto período sobre as patas traseiras para parecer ainda maior, manteria a atenção redobrada para o movimento daquele pássaro, caso ele ou outro pássaro tentasse apanhar a cesta eu a seguraria com a boca e puxaria o mais forte que conseguisse para impedir que a levassem.

Se algum outro beta ousasse continuar vindo em minha direção mesmo após tentar intimida-lo, esperaria que ele se aproximasse para então me erguer e tentar acerta-lo com uma patada, se ele recuasse ou tentasse me atacar eu recuaria um pouco para manter distância, mas sempre ficaria próximo a cesta.
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Mensagem por Ceji Ter Abr 10, 2018 9:30 pm

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Mas Eu Me Recuso


A prova estava correndo muito bem. Eu e Nash, por sermos de reinos diferentes, embora ambos fossemos carnívoros, possuíamos uma gama de possibilidades bem distintas; se um não pudesse catar certo tipo de alimento, o outro podia. Com exceção de raízes e outros alimentos subterrâneos, nós estávamos conseguindo juntar uma ótima variedade, melhor, esperava eu, que das outras duplas. Em meio às idas e vindas do lago, me peguei olhando em volta e me deparei com uma cena um tanto quanto lastimável; Peng havia decidido por em pratica outra de suas vigarices, e estava tentando furtar a cesta da dupla do gorila e do tatu. Quer dizer, furtar não, roubar mesmo, porque o pobre tatu estava por perto da cesta na hora e tentava segurar a mesma com suas patinhas, mas o abutre era mais forte e o ignorava, quase o carregando junto. Não nego que fiquei com pena do pobrezinho, provavelmente estava se sentindo inútil diante da ave, mas também pensava o motivo dele ter tentado roubar a cesta dos dois, e não da minha dupla. Praticidade? Havia se sentido intimidade pelo meu discurso anterior? Eu duvidava disso, mas não iria perder meu tempo indo questionar ele quanto a isso.  

Minha cesta estava bem cheinha e variada, além de estar orgulhoso da arrumação, mas mesmo assim não podia simplesmente ficar parado. Quando estava quase saindo para pegar mais alimentos, um urro descomunal chegou aos meus ouvidos, me abalando e até me impedindo de levantar voo. Eu estava meio atordoado pelo rugido, e quase não percebi que havia saído do urso, sinalizando o fim da prova. Novamente eu recuava à cesta es esperava Nash, aguardando o anuncio dos vencedores que esperava serem eu e Nash. A unica dupla que me causava certa ansiedade era a de Peng, não só porque havia a tartaruga em seu grupo, como porque ele havia conseguido roubar metade da cesta de outro grupo, tornando eles um potencial perigo. Quando o urso finalmente começou a falar, seu discurso me pegou de surpresa, em vez de anunciar os vencedores, o mesmo começou a falar sobre a lei da selva. Ele dizia que na selva, os mais fortes ditavam as leis, que nós podíamos ter roubado e sumido com a cesta dos outros... Para mim, aquilo tudo não passava de baboseira. Que motivo eu possuía para prejudicar os outros? Apenas para vencer uma prova boba? Eles mesmos haviam dito que a base das relações na floresta eram o respeito, e que demonstração de respeito maior há além de não entrar no caminho dos outros? Ao não me prejudicarem, eles demonstravam seu respeito por mim, e respondendo da mesma forma, eu aceitava esse respeito e o retribuía. Se respondesse a esse respeito como Peng fez, eu estaria trocando o respeito pela opressão, e a opressão gera raiva, revolta, inimigos, não aliados. Para mim, esse tipo de atitude só é aceitável em duas situações: Quando você mesmo é alvo dela, ou para se alimentar, pois matar outro para comer não é e nunca será desrespeitoso; o ciclo da vida existe, e a morte de um gera vida para o outro.  

Enfim, eu não estava gostando do discurso do urso, mas estava prestes a ficar pior. A goda d'água foi quando ele declarou a terceira etapa do evento, que nada mais era do que as duplas lutarem entre si para ver quem teria a posse da cesta. Aquela etapa não fazia sentido, ele queria que nós nos virássemos contra nossos companheiros pelos suprimentos, pela vitória, queria que botássemos a dita lei da selva acima de tudo, queria que recriássemos o conflito sangrento do lago. Quer dizer, não que eu estivesse lá para saber, mas a história era bem famosa, contada à muitos filhotes. Os animais precisavam da água do lago para beber, mas em vez de dividirem, eles disputaram a dominância do lago, o que gerou inúmeras mortes, inclusive a dos alfas. Se parasse para pensar, a batalha do lago nada mais era que um conflito por recursos, que ocorreu porque eles não quiseram dividir; a etapa era essencialmente o mesmo, lutar pelos recursos recolhidos, lutar pela dominância da cesta. Essa terceira etapa queria que não dividíssemos, que quebrássemos a paz, exatamente o contrário do que estava sendo celebrado, porque? Por um tempo, olharia os outros filhotes a minha volta, esperando para ver suas reações diante da etapa, aguardando para ver se mais alguém havia percebido aquilo. Eu esperava que ao menos Nash houvesse notado, mas se ele não o tivesse, eu ergueria minha asa em sua direção, sinalizando para ele parar por um instante. Eu não conseguia suportar ver aquela etapa ocorrendo, ao menos não naquele lugar. Com um olhar confiante e determinado, ergueria minha cabeça ao urso e dirigiria a palavra a ele - Senhor, eu sei que na etapa é para competirmos pela cesta, que foi declarada por você mesmo e organizada pelos animais mais experientes... Mas eu me recuso! - Diria, erguendo a voz, esperando que os outros filhotes me ouvissem - Eu ouvi histórias sobre a batalha que ocorreu nesse lugar, e a qual comemoramos seu fim hoje. Todos os animais queriam os recursos do lago para si, e geraram um enorme derramamento de sangue para possui-lo. Agora me diga, qual a diferença desta etapa para aquela batalha? Você quer que disputemos pelos recursos que coletamos, quer que lutemos para não dividirmos, o mesmo motivo que gerou aquele conflito! Eu vim aqui hoje comemorar a paz criada após o fim do conflito, vocês vieram incentivar a todos a manter essa paz pelo bem da floresta, nenhum de nós veio aqui para repetir os erros do passado! Se eu disputar a cesta, eu serei como àqueles que lutaram pela supremacia do lago, eu irei contra o que viemos celebrar hoje! - Eu então olharia para Nash, e sinalizaria com a cabeça para ele se aproximar - Além do mais, você disse para nós duelarmos pelas cestas e que aquele que a possuísse ao final venceria... Mas nunca disse que apenas um poderia possuir a cesta, não é mesmo? Independente de ter sido proposital ou por puro acaso, pelas suas próprias regras, caso nós dois estejamos tocando na cesta ao final, ambos vencemos - Diria ao final, então pousaria na cesta e esperaria pela reação do urso. Caso ele se enfurecesse e criticasse a minha postura, dizendo que o objetivo era provássemos da lei da selva, eu responderia - Lutarmos dentro dos limites da lagoa, você quer dizer? Nem tudo se consegue com a força, porque ela nem sempre vale a pena. Principalmente quando há outros modos menos arriscados. Se eu posso ter minha parte e deixar para outros, porque eu usaria força para monopolizar a fonte, se eu poderia me ferir e perder tudo no processo? - Se após ou antes disso ele dissesse que só um poderia possuir a cesta, eu olharia no fundo dos olhos dele, depois rapidamente voaria em direção a floresta. Eu procuraria rapidamente uma arvore com folhas enormes, como uma bananeira, acertaria a base de uma das folhas com minha garra em alta velocidade para arrancar uma das folhas, então voltaria, botaria a folha ao lado da cesta e dividiria os recursos entre a cesta e a folha - Pronto, agora possuímos duas cestas, uma para cada um.
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Última edição por Ceji em Qua Abr 11, 2018 3:12 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Nash Qua Abr 11, 2018 2:26 pm

Aquelas coisas que o Urso adulto disse me davam vontade de chorar. O mundo tinha que ser tão triste assim? Vendo a "explosão" de Peng eu ficava com um pouco de medo do que poderia acontecer com ele por ter dito aquilo. O abutre não era o melhor filhote que já conheci, mas competimos juntos na primeira prova, já fomos companheiros. Assistindo aquele show de ira dele, não pude me conter.

- Amigos tem que brigar uns com os outros por comida? Que besteira... Eu não vou fazer isso!! - Não sei de onde tirei a coragem para dizer isso na frente daquele ursão enorme. - E se é essa a lei da selva, então... Então... - Estava falando por impulso, sem planejar. Por isso tinha dificuldades em terminar aquela frase. No fim, só uma coisa me veio a mente para ser dita: - Então eu irei mudá-la!! - Só depois eu fui perceber que tinha dado a entender que me tornaria um Alfa, como aquele leão que apareceu mais cedo.

Felizmente eu não estava sozinho naquela "revolta" contra as palavras do urso. O Capitão também pensava de forma parecida. Não haveria luta na nossa dupla. Ficaria ao seu lado enquanto ele estivesse falando, também encarando o urso, dando apoio ao que Fibolt dizia.
Quando ouvisse ele falar sobre estarmos os dois tocando a cesta, posicionaria minha pata dianteira esquerda sobre a borda do nosso cesto de alimentos, e a deixaria ali até que o avaliador anunciasse o fim da prova.

- Não façam isso! Não briguem! Vocês são companheiros, não são? - Diria caso algum filhote ainda estivesse lutando após as palavras do Cap. Fibolt. - Eram aliados até a pouco, amigos, parceiros. Não faz sentido brigarem por uma cesta de alimentos que vocês coletaram juntos!!
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Mensagem por Admin Qua Abr 11, 2018 10:50 pm

As palavras do Urso Negro causaram repulsa, motivação e surpresa nos animais. Cada um lidou de acordo com sua própria personalidade. Os pássaros mostraram-se condizentes ao espírito “superior” dos Celestiais. A Leoa foi a única que avançou pra cima do companheiro macaco e o nocauteou com apenas uma patada. A dupla formada por uma inusitada parceria entre um tatu e um urso resolveram a disputa de forma diplomática baseada em laços. Entretanto, um único animal se destacou ao se esforçar para que os outros animais não lutassem. Diante de tantas reações, o Urso franziu o cenho e disparou outro urro, este ameaçador, capaz de arrepiar até as unhas.

- FILHOTES… VOCÊS OUSAM DESAFIAR A ORDEM DE UM ALFA? - Ele dava alguns passos, indo especificamente na direção de Nash já que era meio difícil alcançar os pássaros. - SE VOCÊS OUSAM DESAFIAR UM ALFA, ENTÃO… Vocês estão certos! HAHAHAHAHAHAHA!

- Eu falei que eles não iam entender. - Disse o Pica-pau logo após repousar no ombro do Urso. - Em nenhum momento ele disse para vocês se matarem, ele disse para disputarem a cesta entre si e ainda deixou uma dica clara quando falou sobre Lei da Selva e… Respeito!

- Nem toda disputa é resolvida com sangue. É por isso que o lago é o que é atualmente. Um lugar neutro e pacífico. Usamos a diplomacia para decidir e o Respeito para manter a decisão. Respeito vem sempre de Admiração ou Medo, se você admira um amigo, você não terá problemas em ceder algo para ele. Nosso amigo tatu entregou a cesta por culpa, algo que eu admiro… É inteligente reconhecer isso. Parabéns!

- Eu gostei dos pássaros… Não tiveram medo de enfrentar as “ordens”... Se bem que eu achei que eles matariam a charada… A culpa é desse seu discurso sobre Alfas e Ômegas… Eles devem ter associado e não conseguiram pescar algo na cara deles.

- Só prova que ainda não estão preparados mentalmente. Exceto por esse mestiço… Hey, filhotinho listrado… Continue sendo assim… Os terrenos precisarão de alguém igual a você para liderá-los, mas você precisa ficar forte. Então, pegue pesado… O seu lado da Floresta não é para os fracos. Lembre-se disso! - DIsse o Urso enquanto acariciava a cabeça do filhote com sua pata pesada.

- A Lei da Selva existe, mas as leis mudam o tempo todo e se vocês não concordarem, são livres para discordar. Vocês não serão exilados por pensar diferente, até porque todos temos nossos próprios pensamentos e desejos, né!? Se um Alfa te atacar por discordar de algo, ele não é um bom líder… Mas sim, existem alguns assim… Acostumem-se com isso!

- Pois bem, para a última prova… Vocês precisarão fazer uma última coisa… COMER E BEBER!

O Urso foi até a cesta onde tinham feito um tipo de suco e se deliciou. Parecia com mel, só que mais ralo e era tão bom quanto. O Pica-Pau foi até Sehkmet para conversar com a Leoa. - Não se sinta mal por ter atacado… Os Terrenos costumam ser mais agressivos, mesmo. Infelizmente a parte da Floresta em que vocês vivem ainda é muito complicada. Você não fez mal, só não esqueça de também usar seu coração… Ele é o melhor guia! - O pássaro então cuidou do macaco, dando-lhe uma mistura de ervas que ajudavam na recuperação.

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Mensagem por Leona Matriarca Qui Abr 12, 2018 12:16 pm

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There is a new girl on town!

Já vi que esses filhotes estão amorosos demais.

Foi necessário apenas um golpe contra o macaco que ele foi nocauteado, a cesta ficou para mim, sem demais complicações, e nesse templo livre pude perceber as interações das outras duplas e sinceramente... Minha decepção foi tremenda.

Todo mundo muito pacífico, se recusando a disputar, oferecendo cestas e o que mais puder imaginar. Fico perplexa com a situação, isso aqui é uma floresta ou um parque de diversões? Quando todas as cestas foram definidas, o Urso deu a palavra final dizendo que estavam todos certos, certamente minha expressão não condiz com a felicidade do  resto.

Foi explicado o motivo disso, precisavamos ver como cada um pensa de um modo e é necessário respeitarmos isso para sermos um bom alfa, todavia em minha concepção, quem prefere ficar conversando do que agir em prol de si mesmo, nem sequer vai alcançar o famigerado status.
Para finalizar, foi no dada a permissão para comer e beber, aproveitar o dia e o espaço em paz da Lagoa. O Pica-pau que auxiliava o Urso veio me "consolar" por ter agido de forma agressiva, diferente dos filhotes amigáveis da clareira do amor e respeito.

Não se sinta mal por ter atacado… Os Terrenos costumam ser mais agressivos, mesmo. Infelizmente a parte da Floresta em que vocês vivem ainda é muito complicada. Você não fez mal, só não esqueça de também usar seu coração… Ele é o melhor guia! - disse ele, mostrando compaixão à leoa que parecia ter destoado dos demais, hipocrisia, ele está enganado se pensa que sinto pena ou empatia por demais, por favor, isto aqui ainda é uma floresta! - Eu não me sinto mal, Pica-Pau-, nem um tanto sequer. Fico apenas em dúvida se um dia quando for caçado por predadores, eles vão ouvir seu coração também ou apenas comê-lo? - Diria, sem sequer resquício se raiva ou outra emoção negativa, para depois pegar uma ou duas frutas da cesta e partir para longe dessa multidão.

- Pois bem, para a última prova… Vocês precisarão fazer uma última coisa… COMER E BEBER! - Finalizou o Urso, dando a entender que haviam acabado as provas e desafios.

Ainda no Lago, comeria em paz as frutas que ajudei a recolher, aproveitando esses bons momentos da vida de um filhote onde conseguimos deitar na grama e aproveitar o dia, deixando que os alfas protejam o lugar dos demais predadores. Não me importaria caso alguém se aproximasse, ou conversasse comigo, seria educada até certo ponto, mas ainda sim reclusa, já se eu finalmente tivesse um real sossego poderia até esticar minhas patas e descansar um pouco, antes que eu tivesse que sair e voltar para casa e perder a paz desse ambiente.

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Mensagem por Wander Qui Abr 12, 2018 3:16 pm

Com o fim da prova, um grande urso roubou a atenção de todos para que pudesse compartilhar um pouco de conhecimento com os filhote. O que mais chamou a atenção de Shou em seu discurso era a descrição de um ômega, que era a vertente de comportamento que ele mais se identificava. O pequeno macaco não gostava nem um pouco de imaginar-se em conflitos e, por conta disso, se sentiu imensamente incomodado com a ideia de ter uma luta com aquela que anteriormente era sua parceira.

Trêmulo, o filhote olhava para os lados, como se cogitasse a ideia de fugir, sendo incapaz de até mesmo de olhar de imediato para aquela que seria a sua adversária.

Já a leoa era completamente o oposto. Ela acatou calmamente a ideia de lutar com seu companheiro e investiu em sua direção.

Shou hesitou demais e acabou sendo atingido logo de primeira. Sem forças nem motivação para continuar essa briga e buscar a vitória, o macaquinho apenas desistiu e continuou caído no chão.

Alguns instantes depois, ele acordava para ouvir as novas palavras dos adultos, que esclareciam os ensinamentos que deveriam ser retirados dali. Em sua mente, Shou esculpia permanentemente o desgosto que sentiu naquela prova, o que por consequência alimentava sua desconfiança para com os outros. Porém, esse seu sentimento não era totalmente irracional, pois ainda assim ele entendia que cada um tinha suas convicções sobre a floresta. Mas graças a essa pequena prova de ódio, o macaco tinha a vontade de seguir como Ômega aumentado em seu coração.

Aproveitando que o pica-pau adulto estava ao seu lado, Shou aproveitaria para matar um pouco a curiosidade - Senhor, me conte mais sobre os ômegas... Como se começa a trilhar esse caminho? Animais desse tipo são fortes? Sábios? Importantes? - Ele ouviria atentamente a qualquer informação, história ou ensinamento que lhe fosse passado agora, já que isso era exatamente o que o interessava. - Animais desse tipo aceitam discípulos?

De qualquer forma, depois desse tratamento o macaco se levantaria e seguiria para a floresta, para comer frutas em um galho de árvore enquanto observava os outros. Não havia motivos para ele se encaixar naquele grupo por agora. A única que o pequeno tinha algum laço o nocauteou para monopolizar toda sua colheita, então seria estranho ele se aproximar dela depois disso. Mas ele não queria deixar tudo que aconteceu barato, então aproveitaria que estava longe para tentar lançar três frutas na direção da Sekhmet e depois se deitar de lado no galho, disfarçando a culpa. Enquanto descansava sobre a árvore, ele observaria as estrelas se questionando se um dia seriam tão sábio a ponto de conseguir encontrar um significado na imensidão do céu.

Quando Nash se aproximasse para puxar assunto, Shou se surpreenderia com o carisma desse felino e acabaria lhe dando atenção, mesmo que estivesse prestes a entrar em um de seus momentos de isolamento. - Me chamo Shou, mais conhecido como macaco-grilo. -Já que o Tigreão deixou quase escapar seu apelido, o macaco também contou-lhe o seu. Diante do convite para festejar junto aos outros, o pequeno primata se ergueu relutantemente e por fim tomou a decisão de deslizar para a base da arvore, ficando ao lado de Nash. E assim Shou participaria da comemoração, seguindo logo atrás do felino. Já que estava aborrecido antes, o pequenino ainda tentava ocultar sua felicidade em poder estar com os outros, mas ainda assim alguns sorrisos lhe escapavam. - E ai rapaziada, me chamo Shou. - Diria ele quando tivesse a oportunidade, e logo em seguida encontrando algum espaço para se manter perto deles.


Última edição por Wander em Ter Abr 17, 2018 5:27 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Wild Ragnar Ter Abr 17, 2018 12:23 pm

É. Eu acho que me exaltei um pouquinho. Mas também, não era para menos, afinal de contas aquele urso tinha me oprimido de tal jeito que talvez uma explosão dessas fosse a única forma que eu achei de lutar contra. Sim, foi isso que aconteceu.

Felizmente ninguém pareceu notar muito o significado das minhas palavras, ou seja, meus planos ainda estavam seguros. Para melhorar, aparentemente se negar a lutar era a forma de vencer a luta. Ou seja, venci a primeira rodada, obviamente venci a segunda afinal tinha uma cesta e meia, e agora venci a terceira. Sim, teve o imitão do Firebolt, digo Fib... ah que se dane, ele é Firebolt.

Voltando, ele me imitou e não quis lutar dando umas desculpas lá para não parecer imitão, mas eu vejo através dele hehe. Sem problemas no entanto, desde que ele não passe a me ver como um modelo e me seguir por aí, pode me imitar a vontade. Mas ainda assim, não ganhou na segunda. O ursinho gorducho e seu parceiro também conseguiram, mas só ganharam essa.

Ou seja, três vitórias minhas, contra duas e uma respectivamente. Acho que meus esforços para parecer material de alfa já foram suficientes. Eu poderia até descer e ir até lá comer com eles e deixar eles se banharem em minha majestade de perto, mas venhamos e convenhamos, onde estaria a graça nisso?

Não. É melhor ficar aqui no topo e deixar eles se banharem a distância. Deixe que vejam meu peito estufado e minha cabeça erguida e sejam ofuscados pela minha sabedoria. Que se perguntem qual o segredo para ser um vencedor como eu. Que me vejam como mod... não, espera. Isso não.

Que tremam com a noção de sua inferioridade! Aí! De volta ao caminho certo. Se desesperem com o gosto da derrota! Ranjam os dentes de raiva perante sua incapacidade de mudar a realidade! Tolos! Imitões! Inferiores! Podem tentar correr atrás de mim e alcançar minha grandeza, mas jamais tocarão nem mesmo a minha sombra.

Heheh! Sim, posso ter dado uma escorregada mais cedo, mas nem isso foi suficiente para eles me alcançarem... ahhhh como é bom ser eu!

---

Hmm? O que é isso? Esse barulho incomodo??

Olhando para baixo novamente logo eu via sua origem. Nash e Vol'Jin. Os dois gritavam pedindo para que eu descesse e me juntasse a eles. Clamavam pela minha presença! Será que eu mostrei demais minhas capacidades de alfa? Tanto que agora esses dois querem ser meus seguidores?? Não, não, não... isso não é bom.

Meu brilho é intenso demais! Droga!

O que fazer?

Olhando ao meu redor para verificar se os adultos do meu reino estavam de olho, eu logo tinha uma ideia.

- Sinto muito rapazes, mas por enquanto só estarei aceitando seguidores do meu próprio reino, por motivo de praticidade, claro. Não se desesperem no entanto, em breve estenderei tal possibilidade aos terrenos e vocês terão sua chance. Tudo em seu devido tempo. - Com uma postura magnânima e um olhar de quem já experienciou muito do mundo, tendo acumulado grande sabedoria, meu tom de voz era até mesmo, bondoso.

Haha, genial como sempre. Se algum adulto estivesse observando toda a situação e tivesse ficado com uma pulga atrás da orelha depois do que eu disse para o urso que nos passava as tarefas, agora com tais palavras de certo eu dissipava essas duvidas. Que omega que aceita seguidores? Isso faria dele um alfa. Logo, minha aparente intenção é ser um alfa certo?

E quanto a esses dois, humph, podem esperar sentados... eu aceitando seguidores?

Até parece...


Última edição por Wild Ragnar em Qui Abr 19, 2018 2:14 pm, editado 1 vez(es)
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Saga 1 - De boa na Lagoa - Página 3 Empty Re: Saga 1 - De boa na Lagoa

Mensagem por Nash Ter Abr 17, 2018 5:03 pm

*Gulp*. Engoli em seco ao ver o urso ficando nervoso e quase nos atacando, mas me alivei e fiquei sem entender quando ele começou a dizer que fizemos certo. A medida que ele ia explicando, mais felicidade eu ia sentindo, olhava para Fibolt e os outros, animado, durante as palavras do urso e do pica pau, para ver se também estavam felizes como eu ao se darem conta de que "vencemos" a prova.

Focava a visão no urso, porem, quando ele direcionava suas palavras a mim. Dizendo que eu estava no caminho certo, que os terrenos precisavam de um lider como eu, e que eu deveria ficar forte. Não sabia nem o que pensar de tudo aquilo, apenas sentia. Sentia orgulho, felicidade e alegria por ser reconhecido em alguma coisa, mesmo que não entendesse direito por que estava sendo parabenizado. # Espere só até eu contar pra mamãe... E a Sekhmet e o Tharan ouviram o que o alfa disse também, eles vão espalhar pros outros filhotes... tomara... #

- S-sim. Eu irei!! - Gaguejei um pouco no começo, mas terminei a frase afirmando com vontade, ajeitando a postura e tentando olhar bem nos olhos do urso, embora tivesse que levantar bem a cabeça pra isso. Foi a melhor resposta que me veio na hora. Não sabia ainda o que pensar sobre tudo aquilo.

As falas dos alfas se encerravam com o anuncio do que parecia, ao menos pra mim, uma festa da vitória. Iria primeiro comemorar junto do Fibolt. - Não é otimo, capitão? Nós conseguimos!! Valeu por toda a ajuda! - Esperaria ele responder e então prosseguiria. - Essas provas foram bem dificeis, mas acabou sendo divertido. Me sinto mais confiante agora, mais forte. Espero que possamos continuar sendo amigos, capitão.

Quando nossa conversa se encerrasse, iria até os outros filhotes para interagir e comemorar. Primeiro o urso e o Tatu Pilko. - Ei, desculpa pelo o que o Peng fez com a cesta de vocês, ele é meio competitivo... - Não sei por que disse aquilo, acho que apenas me sentia, de algum modo, responsavel pelas ações do abutre, talvez por termos sido do mesmo time na primeira etapa. - Mas todos nós passamos no teste final, e isso é demais, certo? - Mudei meu tom de voz para algo mais animado ao dizer isso. - Vejo vocês depois, tenho que ir falar com a Sekhmet. Ah, e Pilko, eu não esqueci de que depois vamos brincar... digo, treinar o giro juntos! - Aguardaria apenas que eles respondessem e então partiria em direção a leoa filhote.

# Ela sempre me ignorou lá na alcateia... Bem, pelo menos não me xingava, nem nada... Será que vai querer falar comigo agora? Seria muito abuso chegar chamando ela de "Sekh"? Nunca nem conversamos, acho melhor chamar de "Sekhmet" mesmo... Mas o que eu digo quando chegar lá? Falo sobre a sacada que os filhotes tiveram nessa prova ao perceber que nao era pra lutar? Não! Ela acabou batendo no macaco, vai parecer que eu tô zuando ela por não ter entendido a prova, e quem vai apanhar sou eu... # Em meio a todas as incertezas e inseguranças de ir falar com uma garota, acabei caminhando reto até ela, mas mudando de direção drasticamente na ultima hora, tentando disfarçar e ir falar com outro dos filhotes.  

Iria até o macaco, estando ele falando com o pica pau ou na arvore, e tentaria puxar assunto. - Olá, você está bem? A Sekhmet acabou levando a sério a prova, né...? - Falaria meio constrangido por tocar num assunto "delicado" e estar falando sobre uma terceira pessoa. - Eu me chamo Nashala, a proposito, mas todo mundo me chama de Zeb-... Quer dizer, Nash. Como é o seu nome? - Deixaria o primata falar, e ouviria atentamente o que tinha a dizer, antes de lhe fazer um convite. - Bem, de qualquer forma, não quer vir brincar e comemorar com a gente? Vai ser bem mais divertido se tiver muitos filhotes. Vamos comer e nos divertir na agua, o lago é pra isso!

Independente da resposta, respeitaria a vontade dele, embora fosse ficar triste se ele se recusasse a vir pra agua. Iria em seguida até o ponto onde Peng estivesse sobrevoando e, reunindo todo ar nos pulmões, gritaria alto o bastante para ele ouvir. - EEEEIII! PEEEENG! DESÇE AQUI! VAMOS NOS APROVEITAR A FESTA! É HORA DE COMEMORAR A VITÓRIA! - Estava preocupado com ele. Suas palavras pro Urso Alfa foram duras e ele parecia nervoso. Brincar com todos poderia relaxar ele um pouco. Não era o animal mais agradavel, mas era um dos com que compartilhei alguns dos melhores momentos hoje, que provavelmente entraria pra lista dos "melhores dias da minha vida". - NÃO VAI SER A MESMA COISA SEM VOCÊ!! - Esse ultimo trecho era apenas para enfim convencê-lo a descer e vir conosco. Caso me ignorasse ou negasse, apenas aceitaria que ele precisava de um tempo só pra ele, e iria até o lago, dar um mergulho com quem quer que já estivesse la brincando e festejando, mas não sem antes dizer um "Tudo bem, mas estaremos lá, de qualquer forma, apareça se quiser..." para Peng, deixando o convite aberto e mostrando que ele seria bem vindo para se divertir junto comigo.
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Mensagem por Ravenborn Ter Abr 17, 2018 9:22 pm


Depois do fim da prova, bastante coisa aconteceu bem rápido, antes mesmo que eu pudesse reagir direito e processar toda aquela informação. Nós entregamos as cestas conforme combinado - e aparentemente, Peng tinha se dado o trabalho de importunar um pouco outros dos competidores, apesar de eu não saber bem como tinha acontecido. Imaginei se realmente tinha sido uma boa ideia fazer essa dupla com ele, mas por mais arrogante que o abutre pudesse ser, ele era esperto e jogava para ganhar. E eu não acho que odiava isso.

Nós podíamos estar a salvo ali, no Lago, mas lá fora as coisas eram diferentes. Não que eu pudesse falar por experiência própria, já que nunca tinha ido até as partes mais perigosas da floresta, mas acredito que seja conhecimento geral que a vida nem sempre é justa, e que pra sobreviver, você às vezes precisa passar por cima dos outros. "Se eu tivesse de pensar num exemplo..." Sim, comida. Digamos que dois animais estão em meio à floresta, longe do lago, e há comida o suficiente para apenas um deles - estão famintos, e dividir o pouco que existe não será o bastante para nenhum dos dois. Eu não acho que preciso perguntar o que eles devem fazer se quiserem continuar vivos. Sendo bem direto, era disso que se tratava a lei da selva, a Lei do Mais Forte, e foi disso que o urso começou a falar logo em seguida, com as cestas já entregues.

Numa situação como essa, alguém como Peng certamente se sairia melhor do que muitos ali. Ele não hesitaria em pegar a comida para si para que pudesse viver para ver outro dia. Podia parecer errado aos olhos de alguns...mas seria mesmo? Eu acho que admirava um pouco esse seu jeito de pensar, por mais que ele ainda pudesse melhorar bastante no modo de agir e de tratar os outros. As novas instruções do urso, porém, surpreenderam a todos. Teríamos que lutar pela cesta agora? "Uma luta contra Peng...será que eu consigo?" Eu pensei, incerto. Dava pra entender a ideia por trás de uma atividade que pretendia mostrar como era o mundo lá fora, como eu estava ponderando momentos antes. Mas sobrevivência não se tratava apenas de lutas. Sim, acho que eu tinha me enganado um pouco. A Lei do Mais Forte era falha, afinal.

Na situação que eu tinha citado antes, por exemplo, alguém mais rápido ou mais esperto certamente se sairia melhor do que alguém mais forte. Em outra, talvez alguém que pudesse se camuflar melhor ou conhecesse melhor o terreno tivesse a tão preciosa vantagem. O que eles queriam então com uma prova que simplesmente nos colocaria para lutar uns contra os outros? Felizmente, eu não precisei me dar o trabalho de pensar demais nesse assunto para chegar a resposta. Peng e o outro pássaro logo se opuseram àquilo, cada um do seu jeito, o que transformou a cena em algo um tanto quanto interessante de assistir. Sem medo do rugido do urso, eu até dei um passo à frente, mas logo veio a sua resposta.

O que ele explicou junto ao pica-pau, em seguida, comprovou algumas das minhas suspeitas: a ideia não era, afinal, fazer com que nós lutássemos de verdade pela cesta. Não fazia sentido. Isso me trouxe um sorriso ao rosto, em parte por estar contente pelo fato de ter conseguido compreender aquilo um pouco melhor agora, mas também por pensar no que devia estar passando pela cabeça do abutre agora que toda aquela exaltação não tinha mais pra onde ir - o que era um pouco engraçado. Mesmo após serem dadas as explicações, porém, ele ainda pareceu preferir manter a distância, orgulhoso como era. - Bom, acho que é aqui que eu entro. - dei de ombros, indo em sua direção.

- Peng. - chamaria ele pela primeira vez. Caso não ouvisse, elevaria um pouco o tom. - PENG! - quando ele olhasse, veria não só a mim, mas também a cesta na qual tínhamos colocado a comida coletada, e que ele tinha deixado em minhas mãos no momento em que as coisas saíram um pouco de controle. - Você pode estufar o peito à vontade mais tarde, mas que tal aproveitar enquanto ainda está fresco? - diria, sorrindo de leve. Ele era esperto o suficiente pra saber que aquilo era um convite pra vir comer também, apesar de que com um toque de provocação amigável da minha parte. No fim das contas, eu tinha gostado do abutre. Não faria mal tentar me aproximar um pouco mais.

No caso do abutre negar o pedido, no entanto, ainda havia algumas pessoas com quem eu podia passar o restante do tempo. A outra ave que tinha se oposto às ordens do urso negro mais cedo, agora se apresentando como Capitão Fibolt, também se aproximou, comentando um pouco sobre Peng. O que ele falava fazia sentido, especialmente a parte em que dizia que o abutre era orgulhoso, já que não existia uma palavra melhor pra descrevê-lo. - Eu entendo. Não o conheço há muito, mas dez segundos de conversa são o suficiente pra se dar conta desse jeito dele. - eu brinquei, por mais que as palavras tivessem um fundo de verdade. - Eu me chamo Vol'jin, é um prazer. - diria, me apresentando também para o felino de pelos brancos que viera chamar Peng junto comigo. Feito isso, restava fazer apenas uma coisa: aproveitar a festa.

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Última edição por Ravenborn em Qui Abr 19, 2018 8:55 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Ceji Qua Abr 18, 2018 7:06 pm

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O Segredo Da Prova


Aquela etapa estava me cheirando muito mal, com certeza havia algo de errado ali. Nos dizer para lutarmos pelas cestas era muito suspeito, ainda mais dentro da área do lago e levando em consideração o evento que comemorávamos naquela mesma data. Com certeza havia alguma pegadinha ou armadilha ali, mas eu não conseguia distinguir exatamente qual era, aos poucos eu via os outros sucumbirem àquilo; Peng agredindo verbalmente o urso e indo embora, a leoa atacando o macaquinho com a qual fazia dupla... Nenhum deles parecia ter percebido que havia algo de errado. Ao menos Nash parecia sensato ao desafiar aquelas ordens, mas não aprecia ter percebido o ponto ainda. Eu não tinha outra escolha, teria que tomar a dianteira, e assim chamei a atenção do urso para meu discurso. Como eu não sabia qual ou aonde estava a armadilha, tive que ir pelo caminho mais lógico: tudo estava errado. Aquilo não era uma prova, mas um teste para ver se seríamos capazes de manter a paz do lago ou repetir as guerras passadas. Fazia sentido esse tipo de desafio no dia que comemorava a união, ainda mais considerando a natureza da estava anterior, embora nesse caso eles tivessem ido longe demais, correndo o risco de nós realmente nos atacarmos dentro do lago. Se fosse isso mesmo, seria uma aposta e tanto deles. Quer dizer, eu não via como poderia ser outra coisa além disso, dada a situação e o fato de ele ter ressaltado o respeito ao final da sua fala, nos mostrando que embora a lei do mais forte fosse determinante, o respeito com os outros animais podia ser ainda mais valioso, como foi para parar o derramamento de sangue que ocorreu no lago. Em meu discurso, expressei todos esses pensamentos, talvez não tão bem quanto quereria, e sugeri um meio de eu e Nash vencermos a prova juntos, com nos dois tocando na cesta, e esperando que os outros animais houvessem me ouvido e fizessem o mesmo.

Tão logo sai do lado da cesta e posei nela, ao mesmo tempo que Nash encostava sua pata na mesma, o urso soltou outro urro. Aquele som gutural novamente rasgou seu caminho para dentro do meu crânio, me abalando por inteiro. Ele começou a avançar, com sua voz e postura imponente, nos ameaçando, fazendo até mesmo eu repensar o que havia dito. Por algum motivo ele começou a avançar em direção à Nash, o que me deixou confuso, já que eu havia feito aquele discurso todo para impedir as lutas, enquanto meu companheiro felino ao meu lado havia apenas tentado convencer os outros a parar. Ele chegava cada vez mais perto, e quase me fez sair de cima da cesta, até que começou a rir, dizendo que estávamos certos por questionar as ordens. Aparentemente eu certo quanto aquilo tudo, ou ao menos achava estar, até que o pica-pau se pronunciou e os dois começaram a explicar. De acordo com os dois, não nos foi dito para lutar, e sim "disputarmos as cestas", que para eles parecia significar "decidir com quem a cesta ficará". Sinceramente, aquilo foi bem decepcionante; eles havia feito aquilo tudo para nos fazer entender errado, até mesmo usando um sentido diferente para a palavra disputa. Disputa tem como elemento inerte um conflito, uma conversa não é uma disputa, a mesmos que seja uma discussão, que seria uma disputa de ideias. De qualquer modo, o único jeito de disputarmos sem lutar, seria se fizéssemos uma mini-prova interna para o vencedor ficar com a cesta, o que era bem improvável devido à situação. Naquela situação, não havia nenhum modo de interpretarmos da maneira deles, mas eles insistiram naquilo do mesmo modo, e ainda tiveram a coragem de dizer que a informação estava na nossa cara.

Depois de explicarem o ocorrido, o urso foi até Nash elogiar dizendo que tirando ele todos estavam despreparados. Eu não tenho orgulho disso, mas admito que minha expressão ao ouvir isso foi de puro desgosto. Sim, Nash, havia enfrentado, as ordens, mas não havia feito nada que eu também não tivesse. Ele simplesmente havia dito que não aceitava aquelas regras e que algum dia iria mudá-las, e tentou convencer os outros a não lutar; enquanto isso eu havia me recusado a fazer parte daquilo com aquelas regras, havia tentado convencer os outros a parar, os dois em prol da paz do lago, ressaltando que não deveríamos repetir erros passados, e ainda arranjei um meio de tanto eu quanto Nash vencermos sem disputarmos, ainda por cima dentro das supostas regras! Se ele estava preparado, porque diabos eu não estava?! Aquele urso havia me deixado furioso, ainda mas do que o pica-pau ter me comparado com Peng só porque ambos nos recusamos, mas isso me fez perceber que aquilo deveria ser apenas preferência por reinos próximos. Assim como o pica-pau havia intervindo por nos, pássaros, sem mencionar Nash, o urso havia levado em consideração apenas Nash, o exato oposto. Devia ser apenas isso, TINHA que ser apenas isso. De qualquer modo, consegui me acalmar antes que o urso terminasse de falar, e logo, após um adendo do pássaro, nos disseram para voltar a festejar.

Embora houvesse me acalmado, ainda estava meio abalado quanto ao que o urso falou, e pela primeira vez havia sentido um pouco de inveja de outro filhote, mas eu sabia que deveria levar aquelas palavras de modo positivo, que deveria me esforçar mais para ser melhor. Enquanto estava perdido em pensamentos, Nash começou a comemorar e agradecer por minha ajuda por mais aquela vitória - ...Claro, você também foi importante nessa vitórias, então também queria te agradecer - Diria, repentinamente me lembrando de Peng. Não havia o que eu podia fazer por ele, Peng havia quase gritado que queria virar um ômega e criado escândalo. Por mais que eu quisesse o ajudar, não sabia como o fazer, visto que ele se negou a ouvir meus conselhos uma vez, deste modo apenas tentei me esquecer disso. Logo em seguida Nash voltou a se pronunciar, dizendo que aquelas provas haviam ajudado ele a ficar mais forte, e que queria continuar sendo meu amigo. Ao ouvi-lo me chamar de Capitão, logo percebi, porque eu estava tão deprimido com o que o urso havia falado? Claro, era importante ouvir os outros, suas sugestões e opiniões, e levar conselhos a frente, mas eu não deveria levar tudo o que ouvisse como verde absoluta. Eu era o grande Capitão Fibolt, se ele achava que eu não estava preparado, era só mais um motivo para eu me esforçar mais, para provar para ele que eu estava sim preparado. E eu estava. Olhando Nash nos olhos, mentalmente o agradeci por ter me ajudado a voltar ao normal, e logo o respondi - Mas é claro. Você cresceu muito, mas ainda tem um longo caminho, como todos nós. Como urso disse, você mais do que ninguém vai precisar se esforçar para ser reconhecido dentre os terrestres, e eu tenho convicção de que tem capacidades. Agora vamos aproveitar o resto desta festa - Diria, novamente confiante, mas agora com um pouco mais de noção do caminho que ainda tinha para percorrer, e sobrevoaria novamente o lago. Eu iria em direção à tartaruga, se a mesma estivesse ainda separada de Peng, ou se tivesse tentado convencer, sem sucesso, a fazê-lo voltar, e diria - Não se preocupe com Peng. Ele é orgulhoso, mas tem seu senso. Ele é do tipo que insiste em estar certo mesmo que todos digam o contrário, dificilmente vai voltar tão fácil depois daquilo. Deixe a cabeça dele esfriar, uma hora ele percebe que está perdendo tempo e voltará tentando nos convencer que foi o único vencedor da prova - Diria, realmente esperando que estivesse certo. Se convencesse a tartaruga, diria - Eu sou Capitão Fibolt, e você? - Esperando que ele também se apresentasse para que fossemos comer. Caso ele tivesse convencido Peng a voltar, apenas olharia de longe, aliviado, e pegaria um peixe para, pela terceira vez naquele dia, ir para um lugar mais elevado dentro do lago comer.


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Mensagem por Abadeer Qua Abr 18, 2018 9:05 pm

“Que merda foi essa?” meu coração vinha até a boca e teria saltado fora se ela estivesse aberta. Aquela fala não foi dirigida a mim, mas eu senti como se fosse, porém apesar da sua voz assustadora ele afirmava que estávamos certos em fazer aqui “?” não havia entendido muito bem de primeira, mas quem liga.

- Conseguimos?... Há! Há! Conseguimos Pilko! Minha animação era tanta que mal conseguia acreditar; Puff! Desabaria no chão – Vem aqui meu amigo, vamos comemorar Há Há Há. Não sabia muito que falar naquele momento do mesmo modo que não conseguia segurar as gargalhadas.

- Ei, desculpa pelo o que o Peng fez com a cesta de vocês, ele é meio competitivo... Falava a Zebra

- Ah! Relaxaaa... Repetiria o som “a” até lembrar seu nome. – Naaashhh? Não lembrava o nome dele naquele momento, mas eu nunca esqueceria o rosto daquele beta que foi elogiado por um alfa.

- É realmente demais passar no teste =D. Falaria ao Leão Tigre antes dele deixar o local “Ele está traçando o caminho dele ...mas o que eu estou fazendo? O que eu vou buscar daqui pra frente?” a animação da vitória havia sido posta de lado brevemente e talvez uma pontinha de inveja surgisse naquele momento. Será isso uma coisa boa?
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Mensagem por Hoyu Sex Abr 20, 2018 9:33 pm

A última prova!


Eu me sentia triste em ter que abrir mão da vitória, mas de um jeito ou de outro a culpa de estarmos para trás era minha. Papai e mamãe me ensinaram a admitir meus erros, e era o que eu estava fazendo. Entretanto, em uma reviravolta de eventos, a prova era uma pegadinha, e nos havíamos passado! O urso até me elogiou, e mesmo extremamente feliz, não me aguentei de nervosismo e timidez, me escondendo na forma de bola momentaneamente antes de voltar ao normal. Meu migo urso estava comemorando ao meu lado, e um sorriso apareceu em minha face.

- Sim, nos vencemos! - Por um momento de êxtase, minha timidez não era nada, e consegui aproveitar a felicidade da vitória com meu novo amigo. Energético, entrei na forma de bola e comecei a rolar em volta do ursinho, de modo a demonstrar minha animação. - O-obrigado, Arcturus! Eu não teria conseguido sem você! - O felino listrado também apareceu, se desculpando pelo que o abutre havia feito, mas em minha animação eu nem me importava mais, e queria apenas comemorar. - N-não se preocupe, está t-tudo bem. - O tranquilizaria com um sorriso para em seguida me jogar em cima dele, rindo. Eu tinha feito amigos, tinha ganhado uma prova e havia sido elogiado, era motivo mais do que o suficiente para ficar feliz.

Eu tinha amigos, e isso era o mais importante, pois eu podia dividir minha vitória com eles, festejar com eles e aproveitar nossos momentos juntos. Aquele era um momento de alegria e felicidade, onde iríamos nos unir para festejar, e resolveria seguir as ordens do urso. Era hora de comer e beber, todos juntos como uma grande família.
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Mensagem por Admin Sáb Abr 21, 2018 12:06 am

A festa na lagoa fluiu do jeito que deveria depois de tantas provas. Muitos animais entenderam o propósito das tarefas, outros tinham seu próprio entendimento e não ficavam satisfeitos, porém, a ideia tinha sido implantada em seus subconscientes e talvez um dia rendesse frutos.

A grande maioria se uniu e interagiu enquanto se alimentava, algo extremamente raro, exclusividade da Lagoa. A festividade durou algum tempo e um animal, já conhecido de quem estava desde o início, voltou a Lagoa para dar um último recado.

- Atenção, filhotes… Dentro de 3 ciclos lunares, acaba o tempo de exílio dos animais rebeldes… Infelizmente, hoje foi a última festa na Lagoa, pois, todos os Alfas estarão cuidando e treinando os betas e outros Alfas para a grande guerra que se aproxima… Sei que muitos filhotes foram poupados das histórias, mas a verdade é que a única maneira de mantermos a paz foi expulsando os opositores… Esse ambiente aqui foi mantido por uma quantidade limitada de ciclos e se encerra agora. Infelizmente, a paz nos tornou fracos e agora os rebeldes voltarão para trazer o caos à floresta… Por isso, treinem se quiserem proteger essa paz e a si mesmos, pois os fracos perecerão… Boa noite!

Considerações:
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